Ítalo Galiza apresenta Marcos Ramos

Matéria da Revista Nós

por Ítalo Galiza

O silêncio fala. Linha. Rompê-lo é um mecanismo da poesia. Corpo. Marcos Alexandre Ramos começa a experimentar a vida no dia 15 de janeiro de 1988, em Vitória. Inquietação. A leitura foi seu primeiro contato com a palavra. Paladar. Primeiro sentido o gosto da prosa, um pouco depois olhou mais de perto o que estava no verso. Inspiração. De Caio Fernando Abreu a Hilda Hilst. De Sérgio Sant`Anna a Machado de Assis. Como vai, Dom Casmurro? Luz. Sua mochila literária o leva à graduação em Letras-Português, pela Ufes. Direção. Fez parte do grupo de pesquisa Literatura e outros sistemas de significação. Sabores lacanianos. Marcos Ramos também cursa Psicologia pela Faculdades Integradas Espirito-Santenses (Faesa). Arte. Pretende fazer mestrado em teoria psicanalítica. Desejo. A apatia o provoca. A superficialidade o inquieta. Música. A sensibilidade dele passa por uma paisagem sonora. Ramos é pianista e compositor. Sua poesia ouve Egberto Gismonti, Arvo Pärt e Milton Nascimento. Ritmo. O corpo de uma linha é seu livro de estréia, com previsão de lançamento para o primeiro semestre deste ano. Futuro. A próxima obra de Marcos Ramos já está a caminho, ainda sem data de finalização: Toda palavra é crueldade (título extraído de um poema de Orides Fontela). Navalha. O jovem escritor quer causar desconforto para fazer as pessoas sentirem. Língua. Há margem à palavra? O corpo transforma-se em poema e a linha em verso. Deguste.